Em meio ao caos construimos castelos de areia, damo-nos nomes, listamos suas características, natureza, localização, ordenamos quem irá habitá-los, limpá-los, guardá-los. De nada adianta...
E mesmo quando sonhamos e trabalhamos pela transformação, ainda assim buscamos a ordem, nem que seja a ordem da desordem, porque "o jurista é alguém em busca de ordem". Dizer como tudo deve ser, seja mantendo ou revolucionando o tal status quo, essa é a nossa sina, nosso mais velado desejo de controlar e controlarmo-nos.
Mas continuamos dançando na beirinha do abismo, em meio ao caos que fingimos controlar. E mais cedo ou mais tarde, cairemos nele.
GROSSI, Paolo. Mitologias jurídicas da modernidade. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2007
PS: Em tempo, apenas a frase é de Grossi, o assunto que ele trata no livro é completamente outro.
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