Recife. Campo das Princesas.
Lá tropecei com um Baobá,
crescido em frente das janelas
do Governadorque sempre há.
Aqui mais feliz
pode ter úmidos
que ignora o Sahel.
Dá-se em copudas folhas verdes
que dão as nossas sombras de mel
Faz de jaqueiras, cajazeiras
Se preciso, catedral
Faz de mangueiras, faz da sombra
que adoça o nosso litoral
Na parte nobre do Recife
onde o seu rebento pegou
Vive, ignorado do Recife,
de quem vai ver governador.
Destes, nenhum pensou (se o viu)
que na África ele é cemitério.
Se no tronco desse Baobá
enterrasse os poetas de perto,
criaria ao alcance do ouvido
senado sem voto e discreto
Onde o sim valesse o silêncio
e o não…sussurrar de ossos secos.
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