sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Chicos, Caetano, amor e não-amor: tudo em um ônibus pelo Recife


"Mas que cara de buchuda... tás linda!!!!" E Madá abriu um sorrisão, feliz com o elogio, afinal ela está buchudíssima, gerando Julinha.
Sim, eu estava, realmente, de volta a Recife. Por apenas duas semanas, mas tempo suficiente para rever os poucos e leais amigos que deixei por aqui, rever as pontes, as avenidas e os carrinhos de frutas nas ruas e, ainda, desvendar outros mistérios: o bolo de noiva tradicional, com massa de ameixa (uhggg) e a pizzaria Atlântico (hummm).
Durante a semana, mantive a rotina Casa de Cati - Congresso, o que significa:
Carneiro --- Recife Antigo = 3 pontes sobre o rio Capibaribe
Mas hoje, sexta, começou a brincadeira: almoço com Madá (minha buchadinha, com 5 meses) e festival recife do teatro nacional com meu capitão Paulo e o fiel escudeiro Tatá.
Assistimos Cordel do amor sem fim, dentro de um ônibus em movimento pelas ruas do Recife (as pessoas, nas calçadas, olhando, abismadas com aquela gritaria, eram uma atração a parte). O ônibus era uma casa em Cariranha, sertão baiano, às margens do Velho Chico, onde Tereza passava a vida à esperar por "Antonhio", no cais, tal como canta o outro Chico.
Em uma carta, ela escreveu (acho que é uma citação, mas não tenho certeza):
"O amor não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por magnetismo, por conjunção estrelar. Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referências. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá ou pelo tormento que provoca."
Novamente, o amor e o não-amor na forma de recado (depois de 4 dias de Niklas Luhmann na veia, ficava difícil não começar a pensar em códigos binários rsrs).

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