sábado, 27 de setembro de 2008
Dia bom de nunca ter sido
Mais um dia que escorre nesse meu universo diminuto: minha escrivaninha, o computador, a vista para o prédio ao lado, o sol que reflete na fachada do edifício da outra margem da rua, o mural de cortiça com a moldura pintada de guache verde.
Oito e meia, tigela de mamão, maçã e iogurte; o toque do celular; nada que comece com "não é nada grave" pode ser bom. Minha vó, minha Aurora e aurora do meu mundo caiu novamente. Noventa anos e nos últimos três, três quedas: o fêmur, o punho, agora o outro fêmur.
Vejo ela daqui, no mesmo quarto da clínica, sobre os lençóis gastos, a bandeja da refeição que mal desce. Lembro dos gemidos e de todas as suas expressões de dor que eu não conhecia até a primeira queda. Vivo tudo novamente mesmo não estando, dói-me mas como só escuto o som da minha lembrança dói-me menos. Não me rasga.
Reluto em admitir, mas a verdade é que não gostaria de estar lá agora; ela tem meu pai e o conforto da presença do filho querido, e minha tia e o cuidado da filha incansável. Eu pouco faria, pouco sou diante dela. Vê-la frágil é sempre me estilhaçar um pouco mais e fazer-me forte para juntar-me e carregá-la para onde nem eu sei.
Hoje o que eu queria é que o telefonema não passasse de brincadeira sem-graça, que minha vó estivesse deitada em sua cama, lendo ou costurando, e eu ganhasse uma passagem de avião para Salvador, chegasse de surpresa e me acomodasse na beirinha da cama. Beijaria seu rosto, muito e muito, como sempre faço, passaria a mão nos cabelos prateados, nas rugas, minhas velhas conhecidas, e ficaria ali até que bastasse.
Ficaria melhor se hoje não tivesse sido.
Estréia do Documentário "Buscando a Allende"
Quanto: Entrada franca
Onde: Auditório do Instituto Cervantes. Ladeira da Barra. (71) 3797 4662
Carlos Pronzato.
Salvador Allende nasceu em Santiago ou em Valparaiso? A partir desta controvérsia tratada em clave de anedota no filme, começa a busca que este documentário realiza sobre um dos presidentes latino-americanos que tem penetrado mais profundamente na memória popular do continente. Busca não só da sua cidade natal, senão principalmente das dificuldades para levar adiante o seu projeto político de transformação social e das causas da trágica queda da "via chilena ao socialismo" no dia 11 de setembro de 1973.
O sucesso eleitoral da Unidad Popular no contexto guerrilheiro dos anos 70 adquire dimensões de um enigma político para os Estados Unidos de Norte-América que decidem, sem maiores considerações, acabar com este novo exemplo que se opõe, de maneira pacífica, aos seus interesses econômicos. E para desvendar as incógnitas desta busca relatam sua experiência ex-ministros, funcionários e militantes da UP (Unidad Popular), amigos do seu círculo íntimo, jornalistas, investigadores e militantes de movimentos sociais.
O filme foi apresentado em junho com ocasião das comemorações do centenário de nascimento de Salvador Allende em Santiago de Chile e Buenos Aires.
Cultura
Instituto Cervantes de Salvador
Avda. Sete de Setembro, 2792.
40130-000 Salvador-Bahia- Brasil
Tel: (55) 71- 3797 4662
cultsalb@cervantes. es
www.salvador. cervantes. es
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Feira produtos orgânicos em Pituaçu SSA
Quando: Domingo dia 28
O que: Produtos Sátiva
Onde: Parque do Pituaçu.
"Os produtos são integrais e orgânicos, regionais, comprados diretamente do produtor, a maioria da região da Chapada Diamantina. Também fazemos entregas a domicílio de nossos produtos para compras de no mínimo 10 reais, quem tiver interesse ligue para o telefone: 3248-3720 e fale comigo (Carol) ou Jota"
Produtos
Arroz Integral (1 kg) - R$ 3,00
Gergelim Integral (250 g) - R$ 2,00
Tahine Caseiro - pasta de gergelim integral e orgânico (250 g) - R$ 6,00
Gersal (150 g) - R$ 1,50
Mel Orgânico - Florada Silvestre (1 litro) - R$ 20,00
Mel Orgânico - Florada Silvestre (500 ml) - R$ 10,00
Mel Orgânico - Florada Silvestre (200 ml) - R$ 5,00
Ervas para chá (pacote) - R$ 2,50
Em breve farinha integral orgânica certificada pelo IBD.
Iformações também no email js_caro@yahoo.com.br
PS: Esqueci de dizer, não conheço essas pessoas, apenas recebi por email através de uma lista e achei que essa informação pode ser interessante para outras pessoas (como seria para mim se eu estivesse em Salvador). Ou seja, não é propaganda heheh
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Quem tem uma BIKE encostada em casa??????
Já faz um tempinho - mais de ano - que estou querendo me locomover de bicicleta. Desde que ainda morava em Salvador. Procurei primeiro saber se ainda tinha alguma bike de um dos ex-pirralhos da família-extendida entulhada em algum cantinho de uma garagem qualquer. Nada.
Tentei, então, uma segunda opção, encontrar uma bicicleta usada em alguma dessas oficinas de "ponta de rua", por três motivos: primeiro, o preço, segundo por acreditar que reduzir o consumo é uma forma de melhorar o mundo (se posso re-utilizar uma velhinha encostada, por que vou comprar uma nova?), e terceiro pela segurança (uma bike velhinha deve ser menos visada, né mesmo). Procurei na Boca do Rio e no Costa Azul. Nada.
Fui adiando, adiando e até agora, Nada.
O vídeo aí embaixo começa assim (caso você tenha preguiça de assistir, falta de tempo, blablabla) "certamente você tem, ou conhece alguém que tenha uma bicicleta largada, suja e abandonada" e eu, imediantamente "Não!!!!!! Eu não!"
Nesse mesmo instante, estava escrevendo na janela ao lado o post sobre o comentário aqui no une femme, e aí me dei conta: tem gente que eu realmente não conheço se esbarrando por aqui.
Juntando uma coisa com a outra:
QUEM TIVER UMA BIKE, NUM ESTADO QUE DÊ PARA ANDAR, E QUE QUEIRA VENDER POR UM PREÇO CAMARADA (ACEITO DOAÇÕES TAMBÉM, HEHEHE) OU TROCAR POR ALGUMA COISA (naquela lógica de sistema de troca) É SÓ DEIXAR UM COMENTÁRIO AQUI (o segundo também a gente nunca esquece).
Ah, claro, a bicicleta tem que estar aqui em Recife ou área metropolitana...
Divulguem!!! Quem sabe...
PS: o vídeo achei em
http://pedaleiro.com.br/2008/09/22/divulgacao-documentario/
E a foto é de Bern@t http://flickr.com/photos/bernatcg/567487032/
O primeiro comentário a gente nunca esquece
Daí, creio que posso confessar sem maiores problemas: ontem deixaram, pela primeira vez na história do une femme, um comentário...
Escolhi a opção ser avisada por email quando houvesse comentário, imagina o meu susto quando vi na minha caixa de entrada aquela mensagem!!! Eita... Quem disse que eu tive coragem de vir logo olhar o comentário aqui no blog? Fiquei só imaginando quem poderia ter escrito e o quê. É lógico - lógico para quem me conhece, claro - que meu primeiro pensamento foi que teriam esculhambado algo que eu tinha escrito bla,bla,bla.
Bem, na verdade era um singelo "obrigado" pelo link do post de Nicolau de Cusa.
Ai, quem tem que agradecer sou eu né?
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Nicolau de Cusa
http://publique.rdc.puc-rio.br/revistaalceu/media/alceu_n4_Konder.pdf
Aqui, o link para o site Consciência.org também sobre o mesmo assunto.http://www.consciencia.org/filosofia_medieval24_nicolau_de_cusa.shtml
Nas palavras de Konder:
"A obra de Nicolau de Cusa certamente merece ser revisitada, seiscentos
anos após o nascimento e quinhentos e trinta e seis anos após o falecimento do
seu autor. De quantos autores contemporâneos algum crítico poderá dizer a
mesma coisa quando (e se) a humanidade chegar ao ano de 2536?"
Debate sobre crise financeira atual com Luiz Filgueiras
Local: Auditório do Centro de Recursos Humanos - CRH (UFBa) - Av. Cardeal da Silva, Salvador/BA.
ENTREVISTA COM GEORGE SOROS
"Wall Street não afundou", afirma Soros
Avaliação é do megainvestidor, que culpa o Fed, o BC dos EUA, e o Tesouro americano pelas turbulências no mercadoPara ele, crise financeira surgiu da formação de uma superbolha que mergulha os Estados Unidos e a Europa numa recessão CLAIRE GATINOISANNE MICHELDO "MONDE" George Soros, 77, multimiliardário e guru norte-americano dos mercados financeiros, faz sua análise da crise. O megainvestidor critica os "fundamentalistas do mercado", mas também o Federal Reserve, o BC dos EUA, e o Tesouro norte-americano, dizendo que são responsáveis pela formação de uma "superbolha" que está mergulhando os Estados Unidos e a Europa numa recessão.
PERGUNTA - Wall Street está afundando. Estamos assistindo à queda do império norte-americano? GEORGE SOROS - Wall Street não está afundando, está em crise. Os efeitos dessa crise vão depender de sua duração. A situação não é fatal: estamos à beira do abismo, mas ainda não caímos nele. O mercado continua a funcionar. Mas nos últimos dias surgiu um fato novo, sim: existe a possibilidade de o sistema explodir. O que está acontecendo é inacreditável. É a conseqüência do que eu chamo de "fundamentalismo do mercado", essa ideologia do "laissez-faire" e da auto-regulamentação dos mercados. A crise não se deve a fatores externos, ela não é conseqüência de uma catástrofe natural. É o sistema que provocou seu próprio colapso. Ele implodiu.
PERGUNTA - A política tem sua parte de responsabilidade nisso? O que é feito dos reguladores? SOROS - Alan Greenspan (ex-presidente do Fed) é responsável, porque ele deixou os juros baixos demais, por tempo demais, porque permitiu que a inovação financeira prosseguisse sem freios, considerando que havia mais a ganhar que a perder com isso. As autoridades de controle são igualmente responsáveis, por terem permitido liberdade demais aos atores dos mercados e permitido que se desenvolvesse um mercado de crédito monstruosamente estendido. Vejam o mercado dos derivativos de crédito. Ele é contabilizado em trilhões de dólares. O resultado dessa política é uma crise financeira que mergulha vítimas inocentes no sofrimento.
PERGUNTA - O que sr. acha das intervenções da administração americana? Elas serão eficazes?SOROS - Henry Paulson [o secretário do Tesouro dos Estados Unidos] reluta em usar dinheiro público. Num primeiro momento ele se negou a assinar um cheque em branco para salvar Freddie Mac e Fannie Mae, antes de ser obrigado a fazê-lo meses depois. Testemunhamos as mesmas hesitações com relação ao Lehman Brothers, que as autoridades acabaram por abandonar, e à AIG, que foi salva em razão do risco sistêmico que representava. Era preciso fazê-lo, senão a situação teria se tornado incontrolável. Mas essas ações foram lentas e contraproducentes. Enquanto se hesita, a situação se deteriora. E essas intervenções são curativas, não preventivas.
PERGUNTA - A crise de 1929 está sendo uma referência. SOROS - A grande diferença entre hoje e a crise de 1929 é a atitude das autoridades. Elas compreenderam que é preciso sustentar o sistema, mesmo que isso seja complicado e custe caro, e mesmo que não seja parte de sua cultura promover intervenções do Estado.
PERGUNTA - Quais são as conseqüências para a Europa? SOROS - A origem dos problemas está nos Estados Unidos, mas o problema envolve a Europa. Para ela, o futuro vai depender de como as autoridades vão gerir a crise. Devido à queda nos preços das matérias-primas, vamos ingressar num período de deflação. Acho que seria oportuno reduzir os juros.
PERGUNTA - E a economia real? SOROS - Essa crise vai se transmitir à economia real. Os Estados Unidos já se encontram em recessão, sem dúvida, e isso vai se acelerar nos próximos dois trimestres. Os bancos já restringiram seus créditos. E a opinião pública americana ficou chocada com o que aconteceu nesta semana. Os consumidores vão deixar de se endividar. Vão consumir menos.
PERGUNTA - Os países emergentes, como a China, vão sofrer? SOROS - Em vista do desaquecimento da economia mundial, as exportações chinesas vão diminuir. As autoridades têm meios de agir para estimular a economia, graças a suas reservas de divisas, mas será que o farão corretamente? A China é um Estado burocrático, e a crise econômica poderia degenerar em crise política, a exemplo da Indonésia em 1998. A crise do capitalismo americano poderia fazer o comunismo chinês tomar uma atitude.
PERGUNTA - Como sair do caos? SOROS - Todo o sistema financeiro americano precisa ser repensado. Os bancos de investimentos devem se apoiar nos bancos de depósitos. Será preciso criar regulamentos novos. A missão das autoridades é impedir a formação de bolhas. Elas têm os instrumentos para isso e precisam utilizá-los. O crédito precisa ser regulado da mesma maneira que o mercado monetário. É preciso exigir que os bancos tenham mais recursos próprios. Também é preciso impedir que os preços do setor imobiliário afundem e limitar a retomada de casas.
PERGUNTA - Entre Barack Obama e John McCain, qual lhe parece que tem condições melhores de promover uma reforma? SOROS - Acho que Obama compreende melhor a situação.
PERGUNTA - O sr. perdeu dinheiro? SOROS - Não perdi dinheiro, mas tampouco ganhei. Mas não vou lhe revelar meus segredos.
PERGUNTA - O sr. é o "pai" dos fundos de hedge, cujos excessos estão no cerne da crise. Tem remorsos? SOROS - Não sou o pai dos fundos de hedge, mas um deles. Se pudesse voltar atrás, o que faria? Eu especularia melhor.
Tradução de CLARA ALLAIN
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Primeiro curso de graduação, do Brasil, em Estudos em Gênero e Diversidade - Inscrições Abertas
domingo, 21 de setembro de 2008
O que esperar daqui pra frente??? e enquanto isso Faustão mostrando ema na televisão (ou qualquer coisa do tipo)
O universo blog (da linha, "sim, estamos de olho") + veículos comunicacionais "de esquerda" estão insandecidos: "justo como avisamos: economia de cassino = caos e exploração; a desregulamentação teve que pedir pinico para o Estado; será um "new new deal"; etc etc.
Como não tenho competência para falar sobre isso remeto vocês, claro para O Hermenauta http://ohermenauta.wordpress.com/
sábado, 20 de setembro de 2008
Yankees de *****
E ainda tem o displante de confessar que aprovou essa mensagem...
PS: Li ontem - não lembro onde - que só será veiculada na Flórida hehe
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Cleanup day Salvador 20/09/2008 AMANHÃ!!
Beijos e abraços!!
Por favor, repassem!!!-- ___________________________________________________________Carlos Valério S. Mendonça FilhoGraduando em OceanografiaGrupo de Pesquisas em Recifes de Corais e Mudanças GlobaisUniversidade Federal da Bahia (UFBA)Tel.:3240-4073/9988-3658Skype:valerio_oceano
Constantine P. Cavafy
From Imagination to the Blank Page. A difficult crossing, the waters dangerous. At first sight the distance seems small, yet what a long voyage it is, and how injurious sometimes for the ships that undertake it. The first injury derives from the highly fragile nature of the merchandise that the ships transport. In the marketplaces of Imagination most of the best things are made of fine glass and diaphanous tiles, and despite all the care in the world, many break on the way, and many break when unloaded on the shore. Moreover, any such injury is irreversible, because it is out of the question for the ship to turn back and take delivery of things equal in quality. There is no chance of finding the same shop that sold them. In the marketplaces of Imagination, the shops are large and luxurious but not long-lasting. Their transactions are short-lived, they dispose of their merchandise quickly and immediately liquidate. It is very rare for a returning ship to find the same exporters with the same goods. Another injury derives from the capacity of the ships. They leave the harbors of the opulent continents fully loaded, and then, when they reach the open sea, they are forced to throw out a part of the load in order to save the whole. Thus, almost no ship manages to carry intact as many treasures as it took on. The discarded goods are of course those of the least value, but it happens sometimes that the sailors, in their great haste, make mistakes and throw precious things overboard. And upon reaching the white paper port, additional sacrifices are necessary. The customs officials arrive and inspect a product and consider whether they should allow it to be unloaded; some other product is not permitted ashore; and some goods they admit only in small quantities. A country has its laws. Not all merchandise has free entry, and contraband is strictly forbidden. The importation of wine is restricted, because the continents from which the ships come produce wines and spirits from grapes that grow and mature in more generous temperatures. The customs officials do not want these alcoholic products in the least. They are highly intoxicating. They are not appropriate for all palates. Besides, there is a local company that has the monopoly in wine. It produces a beverage that has the color of wine and the taste of water, and this you can drink the day long without being affected at all. It is an old company. It is held in great esteem, and its stock is always overpriced. Still, let us be pleased when the ships enter the harbor, even with all these sacrifices. Because, after all, with vigilance and great care, the number of broken or discarded goods can be reduced during the course of the voyage. Also, the laws of the country and the customs regulations, though oppressive in large measure, are not entirely prohibitive, and a good part of the cargo gets unloaded. Furthermore, the customs officials are not infallible: some of the merchandise gets through in mislabeled boxes that say one thing on the outside and contain something else; and, after all, some choice wines are imported for select symposia. Something else is sad, very sad. That is when certain huge ships go by with coral decorations and ebony masts, with great white and red flags unfurled, full of treasures, ships that do not even approach the harbor either because all of their cargo is forbidden or because the harbor is not deep enough to receive them. So they continue on their way. A favorable wind fills their silk sails, the sun burnishes the glory of their golden prows, and they sail out of sight calmly, majestically, distancing themselves forever from us and our cramped harbor. Fortunately, these ships are very scarce. During our lifetime we see two or three of them at most. And we forget them quickly. Equal to the radiance of the vision is the swiftness of its passing. And after a few years have gone by, if—as we sit passively gazing at the light or listening to the silence—if someday certain inspiring verses return by chance to our mind’s hearing, we do not recognize them at first and we torment our memory trying to recollect where we heard them before. With great effort the old remembrance is awakened, and we recall that those verses are from the song chanted by the sailors, handsome as the heroes of the Iliad, when the great, the exquisite ships would go by on their way—who knows where.
(The Essential Cavafy. Selected and with an Introduction by Edmund Keeley. Translated by Edmund Keeley and Philip Sherrard. Notes by George Savidis. The Ecco Press, New Jersey 1995)
Biografia
Constantine Cavafy was born Konstantínos Pétrou Kaváfis in Alexandria, Egypt, in 1863, the ninth child of Constantinopolitan parents. His father died in 1870, leaving the family poor. Cavafy's mother moved her children to England, where the two eldest sons took over their father's business. Their inexperience caused the ruin of the family fortunes, so they returned to a life of genteel poverty in Alexandria. The seven years that Constantine Cavafy spent in England—from age nine to sixteen—were important to the shaping of his poetic sensibility: he became so comfortable with English that he wrote his first verse in his second language.
After a brief education in London and Alexandria, he moved with his mother to Constantinople, where they stayed with his grandfather and two brothers. Although living in great poverty and discomfort, Cavafy wrote his first poems during this period, and had his first love affairs with other men. After briefly working for the Alexandrian newspaper and the Egyptian Stock exchange, at the age of twenty-nine Cavafy took up an appointment as a special clerk in the Irrigation Service of the Ministry of Public Works—an appointment he held for the next thirty years. Much of his ambition during these years was devoted to writing poems and prose essays.
Cavafy had an unusually small social circle. He lived with his mother until her death in 1899, and then with his unmarried brothers. For most of his mature years Cavafy lived alone. Influential literary relationships included a twenty-year acquaintance with E. M. Forster. The poet himself identified only two love affairs, both apparently brief. His one intimate, long-standing friendship was with Alexander Singopoulos, whom Cavafy designated as his heir and literary executor when he was sixty years old, ten years before his death.
Cavafy remained virtually unrecognized in Greece until late in his career. He never offered a volume of his poems for sale during his lifetime, instead distributing privately printed pamphlets to friends and relatives. Fourteen of Cavafy's poems appeared in a pamphlet in 1904; the edition was enlarged in 1910. Several dozens appeared in subsequent years in a number of privately printed booklets and broadsheets. These editions contained mostly the same poems, first arranged thematically, and then chronologically. Close to one-third of his poems were never printed in any form while he lived.
In book form, Cavafy's poems were first published without dates before World War II and reprinted in 1949. PÍÍMATA (The Poems of Constantine P. Cavafy) appeared posthumously in 1935 in Alexandria. The only evidence of public recognition in Greece during his later years was his receipt, in 1926, of the Order of the Phoenix from the Greek dictator Pangalos.
Perhaps the most original and influential Greek poet of this century, his uncompromising distaste for the kind of rhetoric common among his contemporaries and his refusal to enter into the marketplace may have prevented him from realizing all but a few rewards for his genius. He continued to live in Alexandria until his death in 1933, from cancer of the larynx. It is recorded that his last motion before dying was to draw a circle on a sheet of blank paper, and then to place a period in the middle of it.
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Momento nostalgia
popeye foi a feira nao sabia o que comprar
comprou uma cadeira pra olivia se sentar
a olivia se sentou, a cadeira esborrachou
coitada da olivia foi parar no corredor
Cineeeeeeema: tão querendo boicotar meu mestrado!!!
Segunda (15)Filme: Amarelo Manga (1h40’), com direção de Cláudio Assis12h - Palestra com a atriz Conceição CamarottiTema: Amarelo Manga, uma produção pernambucana12h30 - Mostra de Cinema Pernambucano
» Terça (16)
12h - Palestra com o cineasta Flávio Rodrigues
Tema: Duas produções da década de 8012h30 - Mostra de Cinema PernambucanoFilmes: Evocação...Nelson Ferreira (15’) e J. Soares...um pioneiro no cinema (10’) Os dois filmes têm direção de Flávio Rodrigues
» Quarta (17)
12h – Apresentação teatral
Peça: O Cinema Mudo (30’), com direção de Adriana Madasil e Soraya Nejaim
» Quinta (18)
12h – Mostra de Cinema Pernambucano
Filmes: A Valsa de uma Nota Só (4’); Das Dores (4’) e O Instituto (30’)Os três filmes têm direção de Taciana Oliveira
» Sexta (19)
12h – Mostra de Cinema Pernambucano
Filme: O Céu de Suely (88’), com direção de Karim Aïnouz19h –Lançamento do filme Mistérios na Mata da UR7-Várzea (20’)20h - Exibição comemorativa:Filme: A Menina e a Comadre Florzinha (20’)Os dois filmes têm direção de Hélio Rodrigues
As aulas da Oficina acontecem de segunda a sexta-feira, das 18h às 20h
Endereço do Sesc Santa Rita: Rua Cais de Santa Rita,156 - São José / Recife
Exibir mapa ampliado
+++++++++
Ensaio sobre a cegueira!!
Linha de passe!!!
domingo, 14 de setembro de 2008
sábado, 13 de setembro de 2008
Política nos esteites... barra pesada
Esse é o vídeo da tal primeira entrevista de Sarah Palin como candidata a vice na chapa de Mcain. Não está legendado - mas ela fala bem ex-pli-ca-di-nho. A questão é como política lá nos esteites pega mais embaixo: política e religião, "O Príncipe", soberania nacional etc etc etc.
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Comissão de Justiça e Paz: movimento popular urbano e rural contra o avanço do capital.
http://cjpsalvador.blogspot.com/
Ela por ela mesma:
"A CJP desenvolve um trabalho de assessoria ao Movimento Popular urbano e rural, na Região Metropolitana de Salvador (RMS) e Recôncavo Baiano.
Desde 1983, assessoramos grupos populares da cidade e do campo, estabelecendo como princípio a luta pela dignidade humana. Ao longo dos anos foram estabelecidas como prioridades norteadoras, a luta pela conquista do solo urbano, a reforma agrária, a defesa e promoção dos direitos humanos.
A CJP tem atuado ao lado dos setores que se localizam como as maiores vítimas da exclusão econômica, social, política e cultural, ou seja, grupos sem terra rural, sem teto urbano e quilombolas nas suas lutas por terra, moradia e pelos demais direitos que lhes são negados.
A CJP assessora as demandas dos(as) trabalhadores(as) rurais que vivem na Região Metropolitana de Salvador. Em termos urbanos, a CJP trabalha de forma sistemática no apoio àqueles grupos de periferia QUE COMEÇAM A SE ORGANIZAR em torno de um problema ou de um direito que está sendo violado.
A CJP é a entidade chamada nos momentos que surgem os conflitos, como “bombeiro” inicial. A intervenção da CJP vai no sentido de contribuir para que estes grupos se organizem de forma permanente, legítima e autônoma, buscando uma formação continuada para que se assumam enquanto classe trabalhadora, da raça negra e enquanto homens e mulheres que devem lutar para construir um universo de relações diferentes, com um caráter solidário e sem exploração.
As linhas temáticas que orientam a intervenção da CJP são classe, raça e gênero, pois temos consciência que se os sujeitos sociais hoje não são somente, nem principalmente, as classes sociais. O recorte classista no sentido de atuar junto aos que têm para vender somente a sua força de trabalho percorre toda nosso ação. Para nós, na Bahia o trabalho para ser eficaz, tem que perpassar as questões de gênero e de raça, que recortam toda a exclusão econômica, política, social e cultural, pois as maiores vítimas da exclusão no Estado são os negros e as mulheres."
PS: Foto de D.A.P http://flickr.com/photos/daniellepereira/2435220911/
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Educando as criancinhas...
Terça e quarta dias de hortifruti no bompreço; é quando eu faço meu mercadinho que, não riam, gira em torno de R$25,00 a R$30,00 na semana (sim passo bem obrigada e como praticamente todos os dias, todas as refeições em casa). Tenho, por sinal, certo orgulho: consigo segurar o impulso consumista e fico sem os industrializados, os caros, os de marca e os super-supérfluos e assim ponho em prática o tal "consumo consciente" - ajudada pelo exigüidade do meu orçamento claro...
Fico naquela: banana, maçã, mamão, aveia, linhaça, granola, iogurte (indispensáveis para "minha tigelinha" do café da manhã, como diz o capixaba-piadista com aquela cara de "fia como é que cabe isso tudo numa pança só?!?!") (lógico que quando chegam ao preço exorbitante de, por exemplo, R$3,78 o kg da maçã, eu corto com o coração na mão e trato de me adaptar às frutas da estação); cebola, alho e verduras, raízes e tubérculos da promoção (geralmente chuchu, abóbora, cenoura, inhame), e claro, a barrinha de cereal, hehehe.
Os mensais são arroz, feijão, soja e, novidade desse segundo semestre, frango. Sim tomei coragem, perdi meus últimos escrúpulos vegetarianísticos e preparei um franguinho (temperado no alho e sal e grelhado... ficou bom, hein).
Fora isso a dispensa tem: cuzcuz, torrada, temperos e chás diversos; uns biscoitos, goiabada, chocolate para receber os amigos; farinha de trigo, fermento, leite condensado, creme de leite, milho verde em caso de resolver fazer alguma receitinha mais incrementada; e, claro, miojo...
Sim, mas antes de ficar falando esse monte de abobrinha, o que eu queria mesmo relatar era meu encontro com o mundo capitalista-ecológico-responsável-para-crianças. Passeando pelos corredores do mercado, subitamente me deparei com a visão do inferno: "Banco Imobiliário Sustentável", ou seja, aprenda a ganhar dinheiro com a consciência e imagem limpinhas, ops, com o meio-ambiente limpinho.
Procurando a imagem do jogo achei o blog "banco imobiliário". Lá os posts são de um tal "banqueiro" (hehe) e descobri que o brinquedinho acabou de ser lançado.
Segundo o diretor de marketing da Estrela, Aires Leal Fernandes, "na versão do banco imobiliário sustentável, as companhias de transporte foram substituídas por empresas como Companhia de Reciclagem Energética, Companhia de Reflorestamento, de Agricultura Orgânica e de Reciclagem Mecânica. As cartas de Sorte ou Revés também são temáticas. O jogador pode sofrer reveses como “sua empresa foi multada por poluir demais”, ou sortes como “você protegeu suas terras do desmatamento e faturou com o turismo ecológico” e “sua cadeia de restaurantes orgânicos é um sucesso”. Já o dinheiro é substituído por créditos de carbono."
Realmente achei louvável essa ação de educação ambiental da Estrela, olhem só o que diz o presidente da empresa, Carlos Tilkian:
“Entendemos que levar estas inovações para as crianças faz parte de um processo de educação importante sobre conscientização ambiental para que, quando estas crianças se transformarem em novos líderes, possam dar melhores contribuições ao crescimento sustentável de nosso planeta”
Lógico que vai custar um pouquinho mais caro, 15% mais do que a versão fora da moda ecologicamente correto.
Ficou interessado, aviso logo que por enquanto só nas lojas Wall-Mart. Então vá correndo no Bompreço mais perto e garanta logo o seu.
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Zeitgeist - o filme
PS: Não sei de quem é a foto, mas ainda assim coloco aqui, afinal já lembrava Glauber: fiquemos de olho...