domingo, 7 de setembro de 2008

I Festival Latino-Americano de Teatro (FILTE)


De 05 a 14 de setembro em Salvador
Apresentação de produções nacionais, e espetáculos cubanos, mexicanos, peruanos e equatorianos - um panorama contemporâneo das artes cênicas na América Latina.

Evento: I Festival Latino Americano de Teatro
Temporada: 5 a 14 de setembro
Local: Teatro Vila Velha (Av. Sete de Setembro, s/n - Passeio Público.
Ingresso : R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Informações: (71) 3083-4600

PROGRAMAÇÃO

A Mulher Que Comeu o Mundo (Usina do Trabalho do Ator – Rio Grande do Sul)
Dia/ Hora: 7 de setembro, às 20h
Local: Sala Principal do Teatro Vila Velha
Brincando com a metáfora da mulher gorda como símbolo da ganância e dabusca desenfreada pelo poder, a peça conta a história da filha única de um célebre e rico ladrão, que vivia isolada do mundo. Após a morte do pai, numa tentativa de tê-lo sempre consigo, ela esfarela o cadáver e o come. E não sabendo mais o que comer, pede ajuda aos vizinhos, que ao perceberem que a mulher não conhece o valor do dinheiro e está disposta a trocar toda a fortuna herdada por comida, bajulam-na em troca das suas riquezas.

ATO (Grupo Magiluth - Pernambuco)
Dia/ Hora: 9 de setembro, às 20h
Local: Sala Principal do Teatro Vila Velha
Livremente inspirado no "Ato Sem Palavras I", do irlandês Samuel Beckett, a montagem consiste num trabalho de pesquisa e experimentação da arte do clown que une conceito, técnica e poesia inspirados na linguagem cênica de Beckett para falar das relações de poder. Mostra quatro vagabundos, esquecidos pelo tempo, jogados e enclausurados num círculode jornais velhos e malas antigas.

Fábulas (Clowns de Shakespeare – Rio Grande do Norte)
Dia/ Hora: 10 de setembro, às 18h
Local: Sala Principal do Teatro Vila Velha
Três atores do grupo Clowns de Shakespeare entram em cena para contar cinco histórias, inspiradas nas fábulas de Esopo e La Fontaine, selecionadas por Monteiro Lobato. Nelas, os atores ganham corpo e voz dos animais, contando as histórias de forma a despertar o imaginário fantástico das acrianças.

Muito Barulho por Nada (Clowns de Shakespeare – Rio Grande do Norte)
Dia/ Hora: 10 de setembro, às 20h
Local: Sala Principal do Teatro Vila Velha
O espetáculo conta a romântica história de paixão entre Cláudio e Hero, e a destrambelhada troca de farpas entre Benedicto e Beatriz. Na dimensão da fantasia, tudo se passa na casa do patriarca e viúvo Sr. Leonato. Os amores guiados pela paixão ou pela razão são vitimas de um plano maquiavélico de Dom John, irmão bastardo do príncipe Dom Pedro. O tempero especial da montagem é a música, composta e tocada ao vivo pelos atores, em que Shakespeare cai no forró com os autores populares do Rio Grande do Norte, como CleudoFreire e Seu Izinho.

Canteiro de Rosa (Grupo Vilavox – Bahia)
Dia/ Hora: 11 de setembro, às 20h
Local: Sala Principal do teatro Vila Velha
A homenagem cênico-musical ao escritor mineiro Guimarães Rosa recria a atmosfera,a cadência e o enredo de três emblemáticos contos de sua obra: A menina de lá, Darandina e Sorôco, sua mãe, sua filha. Nas três histórias recriadas por Gordo Neto, personagens que vivem à margem da razão oficial transitam entre a loucura, a impostura e a poesia. Recheado de metáforas musicais e sonoras, o espetáculo acontece num cenário-instalação que evoca um canteiro de obras, como a lembrar o mundo e a linguagem em construção que Guimarães arquiteta.

Anankê (Gente Teatro de Títeres y Actores - México)
Dia/ Hora: 12 de setembro, às 10h
Local: Sala Principal do Teatro Vila Velha
Ser mulher, mulher de teatro e estrangeira, Estes são os três estigmas da protagonista de Anakê. Situada no meio do nada, fugindo dos horrores da guerra, ela viaja através do destino com suas necessidades, seus amores, sua alegria e sua dor. Ela conduz a platéia com movimentos precisos, numa inesperada viagem onde os títeres são ilimitados e a poesia se transforma em algo vivo em cena.

Antígona (Grupo Yuyachkani – Peru)
Dia/ Hora: 12 de setembro, às 14h
Local: Sala Principal do Teatro Vila Velha
A montagem do grupo peruano Yuyachkani sobre o clássico de Sófocles indaga e questiona o mito de Antígona em relação à realidade peruana, como uma maneira de apelo à memória histórico-universal que procure nela sinais para nos ajudar a entender a nossa própria realidade. Narrando a história de uma guerra cruel que levou ao confronto de irmão contra irmão, Antígona tem sido uma das tragédias grega clássicas mais representadas e adaptadas.

Desconcerto (Grupo Teatro Gente-de-Fora-Vem – Bahia)
Dia/ Hora: 12 de setembro, às 19h
Local: Cabaré do Teatro Vila Velha
Desconcerto é um monólogo onde a pianista Irene Della Porta fala com seu público, explicando o pacto que fez com seu empresário para tocar o Som do Silêncio no lugar da Sonata Patética, de Ludwig Van Beethoven. Este pacto a atormenta, mas, paradoxalmente, lhe traz um enorme êxito profissional, já que o público lota seus "desconcertos" para aplaudir seu fracasso. Estreada em 1981, no Ciclo de Teatro Aberto, em Buenos Aires, durante o período da Ditadura Militar Argentina, esta obra já foi traduzida e representada na Alemanha, Espanha, Itália e Inglaterra, transcendendo os regionalismos, já que alude à fascistização que qualquer sociedade humana impõe. O texto de Diana Raznovich foi considerada pelo Jornal El País, da Espanha, como uma das "mais belas e poéticas manifestações teatrais de nossa própria repressão".

Casa de Ferro (Grupo Estado Dramático – Bahia)
Dia/ Hora: 12 de setembro, às 20h
Local: Cabaré do Teatro Vila Velha
O espetáculo traz como temática a diáspora africana. Expondo o desenraizamento do povo africano e de sua cultura, passa pelo processo de dominação forçada e a posterior transcendência no âmbito mítico-ritualístico. Sua pesquisa cênica toma como base expressões populares brasileiras, como as danças dos orixás e capoeira de Angola em Salvador, o folguedo do Nego Fugido na região de Santo Amaro, o frevo de Recife , a Luta de Cristãos e Mouros na cidade do Prado, o Baile de Congo de São Benedito na cidade de Itaúnas e o Reis de Bois em São Marcos.
Sopro (Grupo Lume Teatro – São Paulo)
Dia/ Hora: 12 de setembro, às 21h
Local: Sala Principal do Teatro Vila Velha
Solo do ator Carlos Simioni dirigido pelo coreógrafo japonês Tadashi Endo, "Sopro" é um espetáculo onde o tempo e a ação são completamentedistintos do cotidiano, dando ao espectador a oportunidade para mergulhar no universo do nada e do desconhecido. O "Sopro" é tratado em cena como um momento de passagem de um estado para outro, um novo sentimento do tempo.
Áfricas (Bando de Teatro Olodum – Bahia)
Dia/ Hora: 13 de setembro, às 14h
Local: Sala Principal do Teatro Vila Velha
Primeiro espetáculo infantil da trajetória de 17 anos do Grupo de Teatro Olodum, Áfricas utiliza-se de uma linguagem repleta de músicas, cores e danças para abordar o universo mágico e lúdico das lendas e contos africanos que ultrapassaram séculos e continentes através das narrativas dos griôs, ancestrais detentores da sabedoria e da linguagem oral. O objetivo é despertar em crianças e adultos o desejo de conhecer mais sobre este continente complexo e diverso quetanto contribuiu para a cultura brasileira, em especial, para o povo baiano.

Shi Zen 7 Cúias (Grupo Lume Teatro – São Paulo)
Dia/ Hora: 13 de setembro, às 21h
Local: Sala Principal do Teatro Vila Velha.
Nesta montagem, os sete atores do grupo Lume Teatro utilizam seus corpos como recipientes com os quais contam uma versão particular do ciclo da vida. Através de quadros em movimento, sem palavras, com música e canções, unem a elegância estilística e o minimalismo do "Butoh-Ma" do coreógrafo japonês Tadashi Endo com a vitalidade da pesquisa dos atores da companhia.

No Me Toquen Ese Valse (Grupo Yuyachkani – Peru)
Dia/ Hora: 14 de setembro, às 20h
Local: Sala Principal do Teatro Vila Velha.
Espetáculo fragmentado, a montagem remete aos anos 90 e é composta de uma sucessão de canções e textos sobre a história de artistas mortos, que retornam ao palco para prestar conta das suas vidas. E para criar em cena a atmosfera desejada, o grupo se vale de elementos como o ritmo, a mudança de situações, a simultaneidade das ações, a precisão, o silêncio, o olhar, a condensação do movimento, a quietude e a imobilidade.
OBS: Foto do espetáculo "Antígona" (Grupo Yuyachkani – Peru)

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