sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Já não posso mais cantar "meus vinte poucos anos"



É duro, mas é verdade... ultrapassei a barreira dos 25 e completei, no dia 17, exatos 26 aninhos. Agora não tão mais exatos, dada a demora em postar algo a respeito (aliás a demora em postar, ponto).

Não foi falta de vontade, nem de assunto. Mas sim um emaranhado encadeado de coisas - se é que isso é possível...

Sobre o aniversário, teve festa-quase-surpresa, com direito a bolo, docinho, pãozinho etc; carreata vinda da Bahia-iá-iá só para me fazer feliz - e como fizeram... - telefonemas perdidos e outros achados; abraço, choro, beijo e praia.

Ah e quero comunicar que, a partir de agora, o femme será ilustrado, em geral, com as fotos tiradas na minha protelada e aguardada câmera fotográfica.

A foto, que inaugura essa nova etapa, chama-se "kit-tieta com canga psicodélica ao fundo" (que ninguém leve a sério isso...).

Essa sacola "ebololada" foi meu presente de aniversário dos Piratas. Dentro uma lembrancinha pitoresca de cada um dos piratas-fixos, ou seja, amigos que fiz quando fiquei no "Albergue Piratas da Praia", minha primeira casa recifense.

O nome, claro, vem da minha alcunha em terras pernambucanas...

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Aleph, Borges e as gentilezas


Trecho do Aleph de Borges, que recebi hoje por email. Uma gentileza, um "muito obrigado" por um livro de Ítalo Calvino que lhe deixei de presente, que por sua vez era uma outra gentileza, um outro "muito obrigada" por um favor feito, um galho quebrado...

E assim, a vida cheia de gentilezas se torna muito mais bela, fraternal e humana. Que cada sorriso, encontro, palavra trocada seja motivo para se endereçar um poema, enviar um cartão postal, cantarolar uma música, enviar um link de um livro interessante.

Povoemos o "inconcebível universo" com o belo e o terno.


"Na parte inferior do degrau, à direita, vi uma pequena esfera tornassolada, de quase intolerável fulgor. Ao princípio pensei que fosse giratória; logo compreendi que esse movimento era uma ilusão produzida pelos vertiginosos espetáculos que encerrava. O diâmetro do Aleph seria de dois ou três centímetros, mas o espaço cósmico estava aí, sem diminuição de tamanho. Cada coisa (a lua do espelho, digamos) era infinitas coisas, porque eu claramente a via de todos os pontos do universo. Vi o populoso mar, vi a aurora e a tarde, vi as multidões da América, vi uma prateada teia de aranha no centro de uma negra pirâmide, vi um labirinto roto (era Londres), vi intermináveis olhos imediatos escrutando-se em mim como em um espelho, vi todos os espelhos do planeta e nenhum me refletiu, vi em um pátio da rua Soler os mesmos ladrilhos que há trinta anos vi no saguão de uma casa em Frey Bentos, vi ramos, neve, tabaco, gretas de metal, vapor d'água, vi convexos desertos equatoriais e cada um de seus grãos de areia, vi em Inverness uma mulher que não esquecerei, vi a violenta cabeleira, o altivo corpo, vi um câncer de mama, vi um círculo de terra seca em uma calçada, onde antes houve uma árvore, vi uma chácara de Adrogué, um exemplar da primeira versão inglesa de Plínio, a de Philemont Holland, vi a um só tempo cada letra de cada página (quando criança eu costumava maravilhar-me de que as letras de um volume fechado não se misturassem e perdessem no decurso da noite), vi a noite e o dia contemporâneo, vi um pôr-do-sol em Querétaro que parecia refletir a cor de uma rosa em Bengala, vi meu dormitório sem ninguém, vi em um gabinete de Alkmaar um globo terrestre entre dois espelhos que o multiplicavam sem fim, vi cavalos de crina como um remoinho, em uma praia do Mar Cáspio na aurora, vi a delicada ossatura de uma mano, vi os sobreviventes de uma batalha enviando cartões postais, vi em uma vitrine de Mirzapur um baralho espanhol, vi as sombras oblíquas de umas samambaias no solo de uma estufa, vi tigres, êmbolos, bisontes, marejadas e exércitos, vi todas as formigas que há na terra, vi um astrolábio persa, vi em uma gaveta da escrivaninha (e a letra me fez tremer) cartas obscenas, incríveis, precisas, que Beatriz havia dirigido a Carlos Argentino, vi um adorado monumento na Chacarita, vi a relíquia atroz do que deliciosamente havia sido Beatriz Viterbo, vi a circulação do meu próprio sangue, vi a engrenagem do amor e a modificação da morte, vi o Aleph, de todos os pontos, vi no Aleph a terra, vi minha cara e minhas vísceras, vi a sua cara, e senti vertigem e chorei, porque meus olhos haviam visto esse objeto secreto e conjetural, cujo nome os homens usurpam, mas que nenhum homem jamais olhou: o inconcebível universo."

OBS: Imagem de Anne Julie

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Queimaram a Chapada!!


Ainda não consigo acreditar no que estou lendo, 70 mil hectares queimados!!!! Metade do Parque da Chapada Diamantina consumida pelo fogo!! MAS COMO DEIXARAM IR TÃO LONGE?!?!?! Como foi possível??
Indignada, triste, revoltada. Um crime pelo qual, já sabemos, ninguém pagará. Aliás, todos nós pagaremos pelos culpados.


A matéria na Folha Online

11/11/2008 - 08h51
Fogo destrói quase metade de chapada na BA
LUIZ FRANCISCO da Agência Folha, em Salvador
Focos de incêndio simultâneos destruíram cerca de 70 mil hectares do Parque Nacional da Chapada Diamantina, o equivalente a quase 50% da área da região (150 mil hectares), um dos maiores pólos turísticos da Bahia. A situação é tão crítica que o Corpo de Bombeiros e os gestores do parque pediram que os turistas evitem a região até que chova ou que os focos sejam controlados.
"A situação está fora de controle. Se não houver o reflorestamento, os danos ambientais serão irreversíveis", disse Christian Berlink, administrador do parque.
O incêndio tem origem criminosa --e o forte calor ajuda a propagar as chamas. Segundo bombeiros e voluntários que atuam no combate aos focos, agricultores e garimpeiros costumam provocar incêndios ao preparar a terra para plantações e escavações.
Levantamento parcial do Corpo de Bombeiros da Chapada revela que os primeiros focos surgiram há quase um mês, em 20 municípios que integram o parque ou seu entorno.
Nos últimos dias, porém, a ação do fogo foi mais intensa e esteve concentrada em 11 cidades, queimando casas, material de irrigação, cercas e animais.
"Existe um comprometimento geral do ecossistema da região. Já há animais mortos e outros certamente devem morrer de fome ou de sede", disse Cezar Gonçalves, analista do Instituto Chico Mendes.
De acordo com ele, o parque abriga 370 espécies de aves. "Como esta é uma época de reprodução, certamente dezenas de aves deixaram de nascer porque o fogo destruiu os ninhos, que geralmente estão localizados nas copas das árvores. Além disso, nossos técnicos constataram mortes de répteis e de mamíferos."
Desses 11 municípios, em cinco --Palmeiras, Lençóis, Andaraí, Mucugê e Ibicoara-- a situação é de calamidade pública, segundo Gonçalves.
O combate às chamas está sendo feito por 192 pessoas -150 bombeiros e voluntários e 42 moradores contratados, pois conhecem bem o parque. O efetivo conta ainda com quatro aviões pequenos, dois helicópteros e um Hércules da FAB (Força Aérea Brasileira).



E na A Tarde online (retirei as fotos de lá também)
11/11/2008 às 09:28 ATUALIZADA às 10:10
Fogo destrói metade do parque da Chapada Diamantina
Agencia Estado
Cerca de 70 mil hectares do Parque Nacional da Chapada Diamantina, na Bahia, já foram atingidos pelo fogo na região, segundo informações do superintendente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Célio Pinto. A área queimada corresponde a metade da área da reserva. Cerca de 300 pessoas - 150 voluntários, 42 brigadistas do Ibama, além de bombeiros -, trabalham para tentar controlar os focos de incêndio. Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), helicópteros da Polícia Militar (PM) e aviões contratados pelo governo baiano auxiliam no combate às chamas, segundo Célio.Além do parque, diversos municípios também foram atingidos pelos incêndios, comuns nesta época do ano por causa do calor na região da Chapada. "Desta vez, a situação está preocupante por causa das condições climáticas", afirmou o superintendente. "Além do tempo, a Polícia Militar investiga os incêndios criminosos na região", disse.Os focos de incêndio começaram a destruir a vegetação característica da Mata Atlântica do parque, na região do Rio de Contas, no mês passado. O incêndio chegou a ser controlado no final do mês, mas outros focos foram registrados, segundo o superintendente. Hoje, a Coordenação Estadual de Defesa Civil (Cordec) deve se reunir com representantes do governo, da secretaria do Meio Ambiente, do Ibama e dos bombeiros para fazer um balanço das operações e discutir estratégias para o combate às chamas.



A foto aqui de baixo é de Seabra, a maior cidade da região, simplesmente rodeada pelo fogo.












sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Tom Zé ---- Estudando a Bossa Nova (2008)


Mel deusss! Que disco é esse?!?!?!?!?!

Como se não bastasse Tom Zé ser gênio, revolucionário-musical, bem-humorado, perpicaz, enfim..., ele ainda reuniu um timaço de cantoras para acompanhá-lo nesse álbum. Mônica Salmasso, Jussara Silveira, Zélia Ducan (me surpreendeu), Fernanda Takai, Marina De La Riva - suas vozes delicadas junto com a voz de "taquara rachada", hehe, de Tom Zé formam um casamento impensável, mas pra lá de exultante.

Sempre considerei "Jogos de armar" uma experiência divertida, mas "Estudando a bossa", sem perder o escracho, as rimas e construções inusitadas, é, deliciosamente, melódico --- acarinha o ouvido...

Quer ouvir, corre no Um que tenha (corre mesmo porque o site está perigando de ser tirado do ar igual ao Som Barato, para tristeza e indignação geral da nação que aprecia música da booooa...)


Bom também ir aqui e no site do dito cujo.


Ah, dá uma olhada na reportagem da Folha Online

05/11/2008 - 09h36

Tom Zé se rende à bossa nova em novo disco

AUDREY FURLANETO da Folha de S.Paulo

Tom Zé vem tendo "pesadelos sensacionais". Gravou o que considera seu primeiro disco de músicas "cantáveis", chamado "Estudando a Bossa - Nordeste Plaza". "Eu inauguro um novo espaço na minha vida, onde faço pela primeira vez músicas melódicas, cantáveis", diz. "As transformações são assim. Todos os pesadelos meus têm uma mortandade enorme. Eu mato milhões de pessoas e estou o tempo todo ameaçado de morrer", conta, rindo. Por outro lado, com "Estudando", diz que vive uma das fases mais felizes de sua vida ao descobrir que suas músicas, agora, são "fáceis de se amar".

"Estudando a Bossa", que sai pela Biscoito Fino, tem menos ruídos e mais melodias suaves, como em "Barquinho Herói", "Filho do Pato" e "Roquenrol Bim-Bom", com delicadas vozes femininas de Fernanda Takai, Andréia Dias, Jussara Silveira e Anelis Assumpção, entre outras cantoras.

O resultado são faixas distantes do Tom Zé que diz ter feito música "crua e bárbara" enquanto os "bossa novistas finíssimos" Caetano Veloso e Gilberto Gil, nos anos 60, investiam em sons muito "depurados, muito perto da compreensão do que [Tom] Jobim, João [Gilberto] e [Carlos] Lyra estavam fazendo". "Esses são verdadeiros homens finos", diz.

"Tentei fazer essa coisa [em "Estudando a Bossa"] já que meu próprio espírito, graças ao tipo de leitura que tenho feito, graças ao tai chi [chuan] que pratico, graças à mulher com quem sou casado, que é uma mulher culta [Neusa Martins], passou por uma transformação até ser capaz de criar um disco de bossa nova." Segundo o músico, sua relação com os "homens finos" foi de "fã à distância cósmica e, por isso, apaixonado". "Não sou do cacife desses grandes artistas."


Nave extraterrestre A idéia de "Estudando a Bossa" aproveita a efeméride dos 50 anos da bossa nova e, se tem algo em comum com "Estudando o Samba" (1976) e "Estudando o Pagode" (2005), o músico diz que é apenas o fato de se debruçar sobre um gênero que, neste caso, ele viu nascer. "

Na rádio Excelsior da Bahia, em agosto de 58, de repente tocou uma coisa que era imensamente absurda, uma nave extraterrestre pousando em nossos ouvidos e, ao mesmo tempo, estava entranhada em toda a história do samba que a gente conhecia", lembra o músico. A partir daquele dia, avalia Tom Zé, os músicos de sua geração tiveram de "exacerbar sua capacidade perceptiva, para poder conviver com a chegada no planeta Terra da gravação de "Chega de Saudade'". Dias depois de ouvir a canção inaugural da bossa, ele soube que seu compositor era baiano ("outro susto cósmico!"), chamava-se João Gilberto e que estava na Bahia um moço que sabia fazer sua "levada" com o violão. "Eu cheguei à casa dele e já tinha cinco ou seis amigos para aprender a levada do violão de João", conta. O momento seguinte à chegada daquela nave, ele resume como "uma febre de neurônios, ansiedade e paixão" --ou, como diz na letra de "João nos Tribunais", "diante do desafinado, o mundo curva-se, desova".

"O amor puro mandou dizer, por email, desça do muro, que eu já tô cheio, já cansei de você, desse lero-lero, dessa velha letra de bolero...

e só aturo agora o velhaco do Platão com o tal Kama-sutra na mão."
(Tom Zé e Marina De La Riva em "Bolero de Platão).

"Quando Caymmi que criou essa cidade Solvador, foi a Mãe Menininha que amamentou...

"Bahia que padece de usura, meu Deus, e quer fazer torre de toda altura, rebenta praia, quebra Cairu, ninguém escapa desse cerca Jacú. Buda* que ensaia de pijama na Lapinha, Gandhi gandaia que desmama Barroquinha, Patuquicaio* uma mucama na Rocinha, mãe menininha samba reza na Bahia-iá-iá
(Tom Zé, Annelis Assumpção, Daniel Maia em “Solvador, Bahia de Caymmi”)

*Não consegui entender direito essas duas palavras... chutei hehe

“O Rio era lindo demais e amava Niterói, que também dava sinais, doce paixão que dói, e desconsolados olhares, toda noite em vão

piscando sobre os mares numa eterna separação"
(Tom Zé e Zélia Ducan em "Amor do Rio")
"se João Gilberto tivesse um processo aberto e fosse nos tribunais cobrar direitos autorais por todo samba-canção que com sua gravação passou a ser bossa-nova, qualquer juiz de toga, de martelo ou de pistola, sem um minuto de pausa, lhe dava ganho de causa" (Tom Zé em "João nos tribunais")

"Mulher de música é coisa de utilidade pública. Além disso sinhá de iáiá, musa é musa e mulher de carne e osso vem a ser hipotenusa"

(Tom Zé e Fabiana Cozza em "Mulher de música")

"No dia que a Bossa Nova inventou o Brasil, teve que fazer direito, senhores pares, pois nossa capital era Buenos Aires...

"E na cultura Hollywood, cinema dizia que em Buenos Aires havia uma praia chamada Rio de Janeiro (...) naquele Rio de Janeiro o tango nasceu e Mangueira o imortalizou na Avenida, originário das tangas com que as índias fingiam cobrir a graça sagrada da vida."
(Tom Zé e Fernanda Takai em "Brazil, capital Buenos Aires")

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Que abaixo ao consumo que nada!! Eu quero um desse...



What is the Cybook?
The Cybook is an electronic book, it is a portable device that lets you read as you do on paper everywhere you go.
You can now take along all your digital documents with you on a device as small and light as a paperback. The Cybook is perfectly readable in a wide range of lighting conditions, including direct sunlight.

What does the Cybook look like?
The Cybook simply looks stunning with its frosty black finish and its navigation pad on its front side.
With the size of a paperback, the thickness of a magazine and a weight of a mobile phone, the Cybook is truly mobile and can be easily arranged in a hand bag. The Cybook design is definitely beautiful and stylish.

Easy on the eyes?
The Cybook screen possesses a paper-like high contrast appearance. Like a sheet of paper, it can be viewed from nearly any angle, doesn't show any flicker effect and has a high resolution. When you read, you have no eyestrain and it definitely gives you the experience of reading from paper.

How long does the Cybook battery last?
As long as the Cybook E Ink® screen displays the same page, there is no power consumption. This technology drastically reduces power needs. Thus, the Cybook offers an impressive battery lifetime of 8,000 page flips on a full charged battery. It corresponds to a two (2) month battery lifetime for an average reading pace of 80 pages per day.

What can I read?
Almost any digital documents. The Cybook supports many open formats like HTML, Txt, PRC, PalmDoc and PDF. These formats are commonly found on Internet and can be easily generated by many text editors. All these files support font resizing except PDF files which can be zoomed.

Where can I buy contemporary titles?
The Cybook supports the MobipocketTM secured eBook format. This encrypted format enables the Cybook user to get access to one of the biggest catalogue of contemporary copyrighted titles with publishers like Random House, Penguin, Simon & Schuster or Harlequin.
You will find more than 200 eBook retailers on the web which propose MobipocketTM files.

How many books can I carry?
The 512 MB Cybook internal memory can contain several hundreds of books. You can also extend your storage capacity with SD cards storing several thousands of digital documents.

How can I add new files to my Cybook?
Connect the Cybook with the USB cable to any host computer and drag and drop your files. That's it, your new content is in the Cybook, ready to be displayed.
No software installation, no synchronization process, no file conversion and most of all the Cybook is compatible with any kind of host computer (Windows®, Linux, Mac®).

What else?
The Cybook can display many image types like JPEG, GIF and PNG. These images are automatically resized and displayed as on a digital frame device.
The Cybook can also play MP3 files along with the reading of a book.

Obama

Sim, sim, Obama venceu patati patatá. Mas o que ele pensa mesmo?
Interessad@? Bem ele vem divulgando seus programas e planos no scrib.

No vídeo abaixo, o discurso de Obama é bem representativo do por quê ele vem sendo apoiado pelo mundo. É anotar e esperar o que vem por aí.
Não tem tradução (e infelizmente foi editado colocando uma musiquinha sentimentalóide ao fundo). Aqui, as partes mais importantes(tradução minha, se notarem algum erro, avisem):
Como presidente eu vou dar fim a essa guerra no Iraque, fecharei Guantamano, acabarei com a luta contra Al-Qaeda. Fala em liderar o mundo no século XXI (americano, meu bem, queria o que?) marcado por problemas como armas nuleares, mudanças climáticas, genocídio, terrorismo, pobreza. E diz "your future is our future".



Ah, tradução - muito mais decente que a minha - do discurso da vitória em Chicago, no blog de Pedro Dória.
Trechos:
"Um novo amanhecer da liderança americana vem hoje. Vocês que buscam paz e segurança no mundo, nós estamos do seu lado. O grande mérito desta nação não é a força, são nossas idéias: democracia, oportunidade, liberdade. Esta é a América verdadeira."
"E eu não estaria aqui sem minha melhor amiga nos últimos 16 anos, o amor de minha vida, a próxima primeira- dama, Michelle Obama." ---- ah, fala a verdade, aquele "love of my life", dito daquela forma - bem ao estilo Obama, olhar ao longe, mas convicto e seguro, as palavras no tom e tempo certos - foi arrebatador.
Aliás, falar é com ele mesmo

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Lançamento de "Medidas & Circunstâncias" de Claúdio Aguiar na Fliporto --- dia 07/11, 16h


Na Fliporto, que acontece de 6 a 9 de novembro, em Porto de Galinhas, sobre o qual já falei aqui no femme antes, vai acontecer o lançamento do livro Medidas & Circunstâncias – Cervantes, Padre Vieira, Unamuno, Euclides e Outros, de Cláudio Aguiar, pela Editora Ateliê Editorial .
O autor é pai de uma amiga olindense minha e eu já falei sobre eles aqui. Já li um dos livros que Madá, lindamente, presenteou-me, e já estou no segundo.
Escritor de primeiríssima!
Onde: Porto de Galinhas - Stand da Livraria Jaqueira
Quando: 07/11/2008 às 16h
OBS: Sobre o livro, segue o texto escrito por Nelson Mello e Souza e publicizado no site da Editora.
Cláudio Aguiar lança este conjunto de trabalhos denominado Medidas & Circunstâncias – Cervantes, Padre Vieira, Unamuno, Euclides e Outros que oferece ao leitor brasileiro. Cláudio mantém no conjunto da obra seu estilo fluido e fácil, sua honestidade interior, seu encanto como estudioso de nossas coisas e de nossas gentes. Sem perder o sentido humanístico que o faz um admirador da Espanha, onde estudou, proferiu conferências e viveu por alguns anos na Universidade de Salamanca. Por isso incluiu na coletânea estudos sobre Dom Quixote e o pensamento de Unamuno.
O livro reúne dez textos. Alguns, como o escrito sobre a obra missionária de Vieira, assim como sobre Cervantes e o Quixotismo, além dos dedicados a Unamuno e Euclides da Cunha, podem ser considerados até pequenos ensaios. Viável classificá-los assim. Pelo menos se entendermos o termo "ensaio" popularizado desde o século XVI por Montaigne, no sentido de trabalhos intelectuais que resumem reflexões críticas pessoais, de cunho histórico, sociológico ou filosófico.
Cláudio tem evidente vocação filosófica. Sendo como é um homem de pensamento não escapa de seu compromisso de buscar no silêncio dos temas seus desdobramentos sobre a vida, a história e o seu tempo.
Todos os trabalhos contidos nesta coletânea de Cláudio Aguiar são provocativos. Sempre neles há algo de original. Desperta a atenção curiosa, o desejo de conversar com o autor, até de divergir construtivamente, travando um lúcido debate intelectual sobre suas posições. Simplesmente porque Cláudio não escreve de modo repetitivo, mas sempre defendendo posições próprias que merecem ser discutidas. Ordenados de modo claro, em estilo limpo, derivam de pesquisa paciente.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

A história das coisas e o que temos a ver com elas





Sou leiga em economia, mas diante de todos preocupadíssimos com a desaceleração da produção, decorrente da crise, às vezes fico me perguntando, mas será que isso é tão ruim assim??
Sim eu sei que gera desemprego e queda no nível de vida - especialmente da classe média - mas em compensação o panorama em que as coisas vinham sendo mantidas até agora era completamente irreal.
Hoje fui assistir "Linha de Passe 174" no Shoping Recife - na promoção claaaaro. Cheguei com uma hora de antecedência e fiquei rodando.
É tanta gente andando, comendo, comprando, sentando, se esbarrando. É tanta vitrine com shortinhos a R$80,00, blusas a R$190,00, sainhas com dois palmos de pano por míseros R$140,00 (isso nas lojas intermediárias).
Quer saber? aquilo tudo me diz tão pouco... Fiquei pensando no que eu realmente preciso dali e, fora a câmera digital (que estou querendo comprar há 3 anos...) e a Livraria Saraiva inteira heheh (que foi onde eu acabei indo parar 10 minutos depois do início da minha voltinha), a resposta é nada.
Mas será que sou diferente de todo mundo? Será que tenho menor necessidade de coisas naturalmente? Será que sou mais canguinha (mão fechada, econômica, sovina hehe) do que os outros? - esse último com certeza rsrs -
acho que não! As necessidades são criadas, pela mídia, escola, família, sistema e o escambal.
É preciso ficar atento, para não se deixar levar sem saber para onde está indo. E claro, pensar um pouquinho além do próprio umbigo e da cor da moda do próximo verão.

PS: Ah o vídeo, eu vi primeiro no blog de Cafrune e depois Carlóida mandou por email..

Era só o que faltava lavar - pena que não vou estar lá...


domingo, 2 de novembro de 2008

Repassando desejos

(...)Desejo a você:
Rir como criança,
ouvir canto de passarinho,
sarar de resfriado,
escrever um poema de amor que nunca será rasgado,
formar um par ideal,
tomar banho de cachoeira,
pegar um bronzeado legal,
aprender uma nova canção,
esperar alguém na estação,
queijo com goiabada,
pôr de sol na roça,
uma festa, um violão, uma seresta,
recordar um amor antigo,
ter um ombro sempre amigo,
bater palmas de alegria,
uma tarde amena,
calçar um velho chinelo,
sentar numa velha poltrona,
ouvir a chuva no telhado,
vinho branco,
Bolero de Ravel...
Drummond


De Tico em 30.10.2008

sábado, 1 de novembro de 2008

Parárárá parárárárá


O frevo, um blog todinho dedicado a - advinhem... - frevo!

O último post dele foi em julho desse ano, mas ainda assim vale a pena dar uma conferida no que ficou por lá.

Fevereiro daqui a pouco já está aí. Em 2009 vou trocar a pipoca baiana pelo carnaval das bandas de cá e, definitivamente, não quero ficar só no parárárá.


PS: Foto de Ciele Voss

mostra "Encantado: O cinema de Jacques Demy"


Sábado, 16h e 20h
Os guardas-chuvas do amor (1964)
Drama/Musical/Romance. Colorido. 91 min. Plano.
Geneviève Emery, cuja mãe possui um comércio de guarda-chuvas, é uma adolescente de 17 anos se vê obrigada a decidir entre esperar por seu amor, um mecânico de 20 anos que foi servir ao exército na Argélia, ou se casar com um comerciante de diamantes, que se propõe a criar o bebê que ela espera como se fosse seu.

Sábado, 18h Domingo, 20h
Lola (1961)
Com Anouk Aimée. Drama. P&B. 85 min. Scope.
Lola é uma dançarina de cabaré que espera pelo retorno de Michel, namorado que há sete anos foi para a América e é pai de seu filho. Durante sua ausência, Lola é cortejada por Roland, seu amigo de infância, e pelo marinheiro americano Frankie. Tudo indica que ela acabará escolhendo definitivamente um dos dois, mas seu coração ainda pertence a Michel.

Domingo, 16h e 18h
Pele de asno (1970)
Com Catherine Deneuve, Jacques Perrin, Jean Marais. Comedia romântica. Colorido. 100 minutos. Plano.
Num reino distante, a rainha em seu leito de morte fez o rei prometer que só voltaria a se casar com uma mulher que fosse mais linda do que ela. Mas em todo o reino, apenas uma pessoa era dotada de tal beleza: sua própria filha. Desesperada, a princesa pede ajuda à sua fada madrinha, que a aconselha a pedir presentes de casamento cada vez mais impossíveis de se encontrar para retardar a união.

Segunda, 17h e 20h
Duas garotas românticas
Colorido. 128 minutos. Scope.
Delphine e Solange são duas irmãs gêmeas encantadoras e espirituosas de 25 anos. Delphine, a loira, dá aulas de dança e Solange, a ruiva, de música. Elas vivem então da música e sonham ir para Paris e ter uma vida de fantasias.

Terça, 18h e 20h
A baía dos anjos
La Baie des Anges (França). De Jacques Demy. Com Jeanne Moreau. P&B. 89 minutos. Plano.
Jackie é uma parisiense de meia idade que deixa seu marido e filhos para se aventurar no mundo das apostas em Nice, onde estará em jogo não apenas o frenesi das roletas do cassino, mas também o do ciclo da sedução.

Quarta, 17h30 e 20h
Jacquot de Nantes (1991)
De Agnès Varda. Com Édouard Joubeaud, Philippe Nahon. Colorido e P&B. 118 minutos.
Era uma vez um menino criado numa oficina mecânica, na qual todos amavam cantar. Era 1939, ele tinha 8 anos e adorava marionetes e operetas. Mais tarde, quis fazer cinema, mas seu pai o fez estudar mecânica. Trata-se de Jacques Demy e suas recordações. O filme é a crônica de seus jovens anos com seu irmãozinho, amigos, jogos, amores infantis. É a evocação de uma vocação, filmada pela mulher que Jacquot conheceu em 1958 e que dividiu com ele sua vida desde então.


SERVIÇO
Cinema Apolo - Rua do Apolo, 121
Entrada franca
Informações: 3232.2028 / 3232.2030