segunda-feira, 9 de junho de 2008

Hipátia (mais)


Hipatia era filha de Theon, um renomado filósofo, astrônomo, matemático, autor de diversas obras, e professor em Alexandria.
Criada em um ambiente de idéias e filosofia, tinha uma forte ligação com o pai, que lhe transmitiu, além de conhecimentos, a forte paixão pela busca de respostas para o desconhecido. Diz-se que ela, sob tutela e orientação paternas, submetia-se a uma rigorosa disciplina física, para atingir o ideal helênico de ter a mente sã em um corpo são.
Hipatia estudou na Academia de Alexandria. Viajou para
Atenas, para completar a educação na Academia Neoplatônica. Retornou e tornou-se professora e depois diretora da Academia de Alexandria. A tragédia de Hipatia foi ter vivido numa época de luta aguda entre o Paganismo declinante e o Cristianismo triunfante, que se impunha no mundo greco-romano. Ela era neo-platônica e defensora intransigente da liberdade de pensamento, o que a tornava má vista por aqueles que pretendiam encarcerar o pensamento nas celas da ortodoxia religiosa. Por ensinar que o Universo era regido por leis matemáticas, Hipatia foi considerada herética, passando a ser vigiada pelos chefes cristãos.

Numa tarde de março de 415 E.C., quando regressava do Museu, Hipatia foi atacada em plena rua por uma turba de cristãos enfurecidos. Ela foi golpeada, desnudada e arrastada pelas ruas da cidade até uma igreja. No interior do templo, foi cruelmente torturada até a morte, tendo o corpo dilacerado por conchas de ostras ( ou cacos de cerâmica, segundo outra versão). Depois de morta, seu corpo foi lançado a uma fogueira.


"Há cerca de 2000 anos, emergiu uma civilização científica esplêndida na nossa história, e sua base era em Alexandria. Apesar das grandes chances de florescer, ela decaiu. Sua última cientista foi uma mulher, considerada pagã. Seu nome era Hipácia. Com uma sociedade conservadora a respeito do trabalho da mulher e do seu papel, com o aumento progressivo do poder da Igreja, formadora de opiniões e conservadora quanto à ciência, e devido a Alexandria estar sob domínio romano, após o assassinato de Hipácia, em 415, essa biblioteca foi destruída. Milhares dos preciosos documentos dessa biblioteca foram em grande parte queimados e perdidos para sempre, e com ela todo o progresso científico e filosófico da época."


Fonte: wikipédia (é claro)

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