quinta-feira, 10 de abril de 2008

Darcy Ribeiro


"O Povo Brasileiro" nos apresenta a nós mesmos; desvela incongruências a que até então não havíamos nos dado conta e nos relembra de que é preciso lutar e crer.


Mineiro (1922), antropólogo, dedicou-se ao estudo dos índios do Pantanal, do Brasil Central e da Amazônia (1946/1956), fundou o Museu do Índio e estabeleceu os princípios ecológicos da criação do Parque Indígena do Xingu. Escreveu uma vasta obra etnográfica e de defesa da causa indígena.

Dedicou-se à educação primária e superior. Criou a Universidade de Brasília, da qual foi o primeiro Reitor. Ministro da Educação, no Gabinete Hermes Lima, mais tarde, Ministro-Chefe da Casa Civil de João Goulart.

Exilado, escreveu neste período os cinco volumes de seus Estudos de Antropologia da Civilização ( O Processo Civilizatório, As Américas e a Civilização, O Dilema da América Latina, Os Brasileiros: 1. Teoria do Brasil e Os Índios e a Civilização), que têm 96 edições em diversas línguas. Em 1995 lançou O Povo Brasileiro, encerrando a coleção de seus Estudos de Antropologia da Civilização.

Faleceu em 17 de fevereiro de 1997. Nos seus últimos anos de vida, dedicou-se especialmente a organizar a Universidade Aberta do Brasil.

Intelectual, político, cientista, acadêmico, mais acima de tudo brasileiro, latino americano que não se furtava a pensar sobre a nossa história e nosso povo para, então propor e construir caminhos mais dignos e justos.


Da sua leitura, me toca especialmente uma parte de seu prefácio no qual cofessa e alerta:


"Portanto não se iluda comigo, leitor. Além de antropólogo, sou homem de fé e de partido. Faço política e faço ciência movido por razões éticas e por um fundo de patriotismo. Não procure aqui análises isentas. Este é um livro que quer ser participante, que aspira a influir sobre as pessoas, que aspira a ajudar o Brasil a encontrar-se a si mesmo."


Acima da dita ciência a ética.


O endereço da Fundação Dary Ribeiro.


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